Desde 1º de janeiro de 2016, o novo acordo ortográfico é o
único formato da língua reconhecido no Brasil. O acordo vigora desde 2009,
quando o trema da linguiça, o acento das europeias e o hífen do dia a dia
desapareceram. Seu objetivo é unificar a nossa escrita e a das demais nações de
língua portuguesa: Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São
Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Entre as mudanças na língua portuguesa ocasionadas pela
reforma ortográfica, podemos citar o fim do trema, alterações da forma de
acentuar palavras com ditongos abertos e que sejam hiatos, supressão dos
acentos diferenciais e dos acentos tônicos, novas regras para o emprego do
hífen e inclusão das letras w, k e y ao idioma.
Novo acordo, velhas questões
A intenção de unificar a língua portuguesa entre os países
em que ela é o idioma oficial é antiga. Em 1931, foi realizado o primeiro
acordo ortográfico luso-brasileiro, mas ele acabou não sendo efetivado na
prática. Em 1945, a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira foi adotada em
Portugal, mas não no Brasil.
Anos depois, em 1986, os sete países de língua portuguesa
(Timor-Leste não pôde ser incluído na lista, pois se tornaria independente
apenas em 2002) consolidaram as Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da
Língua Portuguesa de 1945, que não chegaram a ser implementadas.
Em 1990, os países de língua portuguesa se comprometeram a
unificar a grafia da língua, segundo a proposta apresentada pela Academia de
Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras. Mesmo assim, o acordo
ainda não podia entrar em vigor.
Foram necessários mais 16 anos para que fossem alcançadas as
três adesões necessárias para que o acordo fosse cumprido. Em 2006, São Tomé e
Príncipe e Cabo Verde se uniram ao Brasil e ratificaram o novo acordo.
Entretanto, Portugal ainda apresentava uma grande relutância às mudanças.
Apenas em maio de 2008 o Parlamento português ratificou o acordo para unificar
a ortografia em todas as nações de língua portuguesa.
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